quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Escrevo-te.



O tumulto da tua ausência mora e esmorece nos meus dias.
Sonhar contigo tem sido uma constante. O que se passa comigo? Vou sentir a tua falta? De novo?
Onde estás tu? Onde estiveste este tempo todo?
Longe. Distante. Ausente.
Já me devia ter deixado disto. Realmente tens um poder sobre mim que nem eu compreendo. É óbvio que desde há muito que parte da minha escrita nasce e morre em ti. E caramba, como eu detesto fazê-lo. Detesto o facto de te apoderares das minhas palavras! Detesto escrever para ti. 
Mas tenho de fazer, está-me inerente (há muito tempo). Escrevo-te porque é a única forma de me fazer ouvir sem que tu me ouças. Escrevo-te porque é a única forma de gritar enquanto me calo. Escrevo-te porque é a maneira que tenho de mandar embora o que não quero guardar de ti, em mim. 
Escrevo-te porque é assim que tem de ser. 
O pior de te escrever?
- Em tempos escrevia-te por seres o meu herói, hoje escrevo-te para mandar embora a ausência sem que ninguém se aperceba.
 

2 comentários:

  1. Experimenta não escrever para ele mas segredar-lhe ao ouvido tudo o que tens aí dentro. Qualquer homem gosta de uma mulher determinada, de uma mulher que saiba sentir de verdade.

    Um Beijo :)

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  2. Compreendo-te tão bem... As palavras e os pensamentos fogem sempre para o mesmo...

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