sábado, 11 de janeiro de 2014

Companheiro.


És o meu melhor companheiro, moras naquele lugar juntamente com o que me é mais prezado, estimo-te e valorizo-te por tudo o que és e o que me fazes ser.
Adoro sentar-me no chão, abrir-te de página em página, sentir cada uma das tuas palavras e percorrer, entre linhas, todas as tuas histórias sem nunca me cansar. Analiso palavra a palavra, frase a frase, choro aos soluços, rio às gargalhadas, fazes-me sentir uma amalgama de sentimentos. São momentos aos quais nunca lhe perco o gosto.
Ouço então a tua voz, dentro de ti a chamar por mim, sinto a minha alma desprender-se na tua direção e corro com ela na esperança de te agarrar, de te tocar, de te sentir, mas quando dou por mim estou à procura de algo imaginário, a correr atrás de algo intangível, e não te encontro. Procuro-te mas perco-me num espaço que é feito de papel, de letras e de sonhos.
E nesse momento a solidão sentida por não te encontrar, mancha os trechos da história que outrora podia ser minha. Fico agrilhoada por vezes a lágrimas que me percorrem, me deslizam pela alma e vão ao encontro dos pedaços da história que me preencheu por breves mas longos momentos. E então a tua suave imagem dilui-se, a tua doce voz dissipa-se, e os meus sentimentos esvaiam-se. E depois de tudo isto, levanto-me possuída por um sentimento indecifrável e de tal modo vigoroso que me faz querer guardar-te para sempre, dentro de mim. Volto então a guardar esse amontoado de folhas pela qual és composto no teu lugar, no meu lugar, para um dia mais tarde o cenário se repetir.


4 comentários:

  1. Tens toda a razão!
    Fico feliz por teres gostado, obrigada :)
    Beijinho*

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  2. Oh, arrepiei-me em certas partes! E as janelas nem estão abertas

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  3. Obrigada Maria por visitares o meu blogue, e cuidares das minhas preocupações :) Um abraço*

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  4. Viajar em alguém é conhecer pedaços do mundo inacessíveis.

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